Friday, January 27, 2006

Steve Jobs


Steve Jobs é um exemplo de como uma pessoa pode ser amada e odiada ao mesmo tempo. Co-Fundador da Apple Computer, Jobs se transformou em um mito. Os créditos para a criação do Apple I e do Apple II deveriam ter sido a Steve Wozniak, o verdadeiro gênio da eletrônica, porém pacato e tímido, mas toda a atenção se voltou para Jobs, um sujeito que sabia lidar com público, tinha alto poder de persuação e era incrívelmente habilidoso em negociações. Foi uma verdadeira revolução, pois o Apple I foi o primeiro microcomputador pessoal da história. Jobs e Wozniak viam a Apple Computer crescer rapidamente, mas Jobs não mudava muito. Era um tirano com os funcionários, sempre exigindo esforços desumanos, que para ele era nada menos do que "lealdade". Por exemplo, na época do Macintosh, era comum funcionários trabalharem mais do que 90 horas por semana. Nessa mesma época, convidou John Sculley, na época presidente da Pepsi Colla, para ser o presidente da Apple. Depois de algum tempo, Sculley praticamente expulsou Jobs da Apple, alegando que Steve estava destruindo a companhia. Antes desse episódio, Wozniak deixou a Apple.
Esse episódio com a Apple deixou Jobs em depressão profunda, amigos mais íntimos temiam Jobs se suicidar. Alguns meses depois, Jobs criara a Next, com o objetivo de criar novos computadores para estudantes e universidades. Mas seu objetivo principal era se vingar da Apple. Por anos Jobs investiu milhões de dólares na Next, mas o custo do NextCube e do posterior NextStation eram alto demais em comparação aos PCS e ao próprio Macintosh, mas uma coisa é certa: os computadores da Next estavam muito a frente dos outros, alguns dizem que a Next era sofisticada demais para a época, e seu sistema operacional era o melhor. Em 1995, existia o slogan "Windows 95 = Next 88", dizendo claramente que os recursos do sistema operacional Next somente foram alcançados pelo Windows em 1995. Por esse e outros motivos, a Next não vingou. Esteve a beira da falência, assim como a empresa que ele adquiriu de George Luccas, a Pixar. Steve Jobs estava à beira do fracasso. Até que sua empresa Pixar, que ele adquiriu por "hobby", finalmente fez sucesso na parceria com a Disney, com o filme Toy Story. Steve mal frequentava a Pixar. Mas com a explosão da empresa, Steve começou a chamar a atenção para si novamente. Como se ele tivesse grande participação no sucesso da Pixar. Muito pelo contrário. O responsável direto pelo sucesso da Pixar era John Lasseter.
A Apple também estava mal, muito mal. Muitos achavam que a Companhia iria quebrar, o valor das ações estavam caindo, e o Macintosh era cada vez menos vendido. Até que a Apple decidiu comprar a Next, pois o sistema operacional da Apple estava a quase uma década sem novidades e sem novos recursos, e o sistema da Next era muito bom. E de quebra, trouxe Steve Jobs de volta a Apple. Ele praticamente foi o salvador da empresa, pois lançou os iMacs, as máquinas que revolucionaram as cores nos computadores pessoais.
Muitos achavam que Steve havia amadurecido, mudado seu caráter, mas ele continuou agindo da mesma maneira, aterrorizando e por muitas vezes humilhando funcionários. Mas isso não tira de Jobs o ícone de um homem visionário e futurista.
Li o livro "A segunda vinda de Steve Jobs" em duas noites. Gostei muito. Conta sua saída da apple até o seu retorno. Para fãs da Apple e de Jobs, essa leitura é imperdível.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home